O evento contou com a colaboração de vários secretários de saúde em temas como responsabilidade gestora, controle social e saúde mental

Teve início na manhã desta quarta-feira (10), as primeiras mesas temáticas do VII Congresso Brasileiro de Direito e Saúde, que ocorre até esta sexta-feira (12), na nova sede da OAB Ceará. O COSEMS-CE é parceiro do evento e conta com uma grande participação de secretários de saúde nos debates. Veja cobertura também no no nosso instagram @cosemsce.

Realizado pela Comissão de Saúde da OAB, o Instituto Brasileiro de Direitos e Saúde – IBDS, e a AMPASA, o congresso tem como objetivo fomentar as discussões acerca dos desafios da COVID 19 no contexto da saúde no Brasil.  Dentre os convidados para os debates, também estão gestores da saúde, membros de diversas instâncias do judiciário, representantes do Conass, Conasems e Secretaria da Saúde do Estado.

Na solenidade de abertura, ocorrida na noite da terça-feira (9), foram prestadas homenagens a personalidades do meio jurídico e da saúde. A presidente do COSEMS-CE, Sayonara Cidade foi uma das homenageadas pela longa trajetória de serviços prestados como gestora pública da saúde.

Legados da Covid

Com o tema “a Saúde no Brasil e a Covid-19”, a programação do evento está voltada às reflexões dos enormes desafios trazidos pela pandemia no contexto da saúde pública e privada. Durante a manhã da quarta-feira (10), a presidente do COSEMS-CE, Sayonara Cidade, representou o presidente do Conasems, Wilames Freire, na primeira mesa temática do evento, que teve como tema as “Políticas Públicas em Época de Covid”.

No turno da tarde, a presidente deu sequência aos debates na mesa “Responsabilidades do gestor público em tempos de pandemia”, onde destacou os feitos dos gestores municipais durante os períodos mais críticos e as inúmeras dificuldades encontradas. A gestora destacou a necessidade de flexibilização da saúde para destravar gargalos que prejudicam o trabalho dos secretários.

“Falemos sobre a tabela SUS. A nossa tabela de referência. Quando vem a normativa para a gente trabalhar cirurgia eletiva, ela vem dizendo que você só pode usar esse recurso, e temos uma fila imensa. Quem é que consegue com a tabela SUS cumprir 85% de produção? Ninguém. Mas ninguém fala disso. Só falam que a gente não faz a cirurgia, mas não discutem essa situação. O que está faltando para essa flexibilização desse recurso? A imprevisibilidade da saúde é grande e acaba atrapalhando nosso planejamento”, apontou Sayonara.

A mesa seguinte “Saúde Digital no pós-Covid” contou com a moderação do vice-presidente do COSEMS-CE, Rilson Andrade, que fez apontamentos sobre a participação da entidade na transição de sistemas de informação do estado ocorridos durante a pandemia e de como foi o  acompanhamento das mudanças para que estivessem assegurados os dados repassados.

 

Controle Social e Saúde Mental

O segundo dia do evento também ficou marcado pelas participações de secretários nas mesas de debates. A mesa “Dificuldades na atuação do controle social” contou com os apontamentos do secretário de articulação, Reginaldo Chagas. Com vasta experiência na temática o gestor teve voz ativa para cravar: “Sem o controle social, o gestor nada às cegas”. A mesa com teve a promotora de justiça, Ana Karine Leopércio como moderadora.

A programação ainda contou com mais participações do COSEMS-CE. Na mesa “Dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde em tempos de pandemia”, a secretária de saúde de Fortaleza, Ana Estela Leite, apresentou ao público os desafios da capital em quatro ondas de Covid, e o secretário da saúde de Itapiúna e diretor financeiro do COSEMS-CE, Franzé Cavalcante, sensibilizou o público relatando diversas situações extremas vivenciadas por pacientes e profissionais, e os momentos de perplexidade testemunhados diante da população.

No período da tarde, o tema saúde mental entrou na pauta, com a mesa “Aspectos da Saúde Mental na pandemia e no pós pandemia”. O secretário da saúde do Eusébio, Josete Tavares, trouxe a reflexão sobre a visão da saúde em seu aspecto mais amplo e não penas medicamentoso, principalmente nos tempos atuais de intensas transformações. A mesa contou com a moderação da promotora de justiça Ana Cláudia Albuquerque e da colaboração nos debates da psiquiatra Francinete Giffoni.


Assessoria de Comunicação do COSEMS/CE

Fernando Cruz / Mário Cabral / Pedro Luna - E-mail: [email protected]

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