Prevenir
a doença é melhor do que tratá-la. E a vacinação é uma das medidas mais
importantes e eficazes de prevenção. A vacina estimula o sistema
imunológico a produzir anticorpos que destroem os micro-organismos
invasores (bactérias ou vírus) tornando a pessoa, assim, imunizada. A
Secretaria da Saúde do Ceará reforça a importância de a população ficar
atenta ao calendário vacinal e manter a rotina de imunização,
atualizando a caderneta de vacinação.
Cada
faixa etária tem sua vacina específica e todas as vacinas, com exceção
da Influenza, ficam disponíveis fora do período de campanhas. Quanto
mais pessoas são imunizadas, mais comunidades são protegidas contra
doenças e menor é a chance de contaminar outras pessoas. Conforme o Calendário Nacional de Vacinação,
as vacinas estão disponíveis para crianças, adolescentes, adultos,
idosos e gestantes. Os profissionais de saúde, as pessoas que viajam
muito e outros grupos de pessoas, com características específicas,
também têm recomendações para tomarem determinadas vacinas. A vacina da
Febre Amarela é uma delas.
Há
17 anos, o Ceará não tem casos de febre amarela. Por isso, pessoas que
residem no Estado não precisam se imunizar contra a doença. Mas quem
mora no Ceará e viaja para outros estados ou países que são áreas de
risco precisam tomar a vacina da febre amarela. A vacinação para febre
amarela é ofertada em todo o Brasil, principalmente para os estados que
têm municípios com recomendação para a vacina.
O
Ceará não é área de risco. Mas recebe do Ministério da Saúde,
mensalmente, vacina da febre amarela para viajantes. Cearenses que
viajam muito e têm contato com áreas consideradas de risco devem se
vacinar. Basta apresentar o comprovante de viagem (passagem) junto com
um documento de identificação com foto e o cartão de vacinação para
tomar a vacina, que é gratuita e pode ser realizada na unidade
referenciada pela secretaria de saúde do município. A vacina é
totalmente eficaz contra a doença e a imunização deve ser feita dez dias
antes do contato com áreas risco de infecção pelo vírus da febre
amarela.
São
consideradas áreas de risco locais que têm matas e rios, onde o vírus e
seus hospedeiros e vetores ocorrem naturalmente. No entanto, no Brasil a
vacinação é recomendada para as pessoas a partir de 9 meses de idade
que residem ou se deslocam para os municípios que compõem a Área Com
Recomendação de Vacina, localizada em municípios dos estados do Acre,
Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal,
Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas
Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa
Catarina.
Quem deve se vacinar
A
coordenadora de Imunizações do Ceará, Ana Vilma Leite Braga, relembra
que a vacina da febre amarela já faz parte do Calendário Nacional de
Vacinação. “A vacina da febre amarela existe desde 1937. Em 1973,
iniciou no Programa Nacional de Imunização (PNI). Se a vacina existe e
se todos vão viajar para área com circulação do vírus, a prevenção não
deve ser pontual”, esclarece.
De
acordo com a coordenadora, é importante esclarecer à população sobre
quem precisa se vacinar contra febre amarela. “Quem já teve a doença não
precisa se vacinar. A gente recebe (vacina) para os viajantes. Se o
turista internacional está viajando para uma área considerada de risco e
antes, passa por Fortaleza, ele pode se vacinar. Diferente do
brasileiro que vai voltar para o lugar de origem (quem mora em áreas de
risco) e tem a vacina disponível no seu estado”, explica.
A
vacina da febre amarela não é recomendada para crianças menores de seis
meses, idosos, gestantes sem recomendação médica criteriosa, pessoas
com alergia a ovo e seus derivados, além daqueles que já fizeram algum
transplante de órgãos, estejam fazendo tratamento de câncer e são
portadores de doenças que comprometem o sistema imunológico, como o HIV/
aids. “Mães que se vacinaram, não devem amamentar se a criança for
menor de seis meses. Pessoas com histórico de eventos adversos graves,
como alergia ao ovo de galinha, e de imunossupressão, como
transplantados, quem está fazendo quimioterapia ou radioterapia,
portadores de lupus, não devem tomar a vacina da febre amarela”, alerta.
Transmissão da febre amarela
A
febre amarela não é transmitida de pessoa para pessoa, nem de macaco
para pessoa e sim, de mosquito para pessoa. Os mosquitos dos gêneros
Haemagogus e Sabethes são vetores e eles vivem no ambiente silvestre. O
último caso de febre amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942, e
todos os casos confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de
transmissão.
Sintomas da doença
Os
sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre,
calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em
geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas
melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15%
apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então,
desenvolvem uma forma mais grave da doença.
Em
casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia
(coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia
(especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente,
choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das
pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.
Depois
de identificar alguns desses sintomas, procure um médico na unidade de
saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco
nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, e se você observou
mortandade de macacos próximo aos lugares que você visitou. Informe,
ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela, e a data.
Onde se vacinar em Fortaleza
– Centro de Saúde Meireles
Av. Antônio Justa, 3113, Meireles
(85) 3101-1446
– Posto de Saúde Carlos Ribeiro
Rua Jacinto Matos, 944, Jacarecanga (próximo ao trilho da Francisco Sá, perto dos Correios)
(85) 3452-6375/ 3452-6376
– Posto de Saúde Messejana
Rua Cel. Guilherme de Alencar, s/n, Messejana (atrás da Regional VI)
(85) 3474-2637/ 3488-3311
– Posto de Saúde Paulo Marcelo
Rua 25 de Março, 607, Centro
(85) 3433-5898/ 3433-9701
– Posto de Saúde Roberto Bruno
Av. Borges de Melo, 910, Fátima
(85) 3227-9177
Via: ASCOM SESA
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